quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Protocolos de Periodontia geriátrica

Protocolo 1 / Periodontia geriátrica

Rizectomias, hemissecções e tonalizações

Os procedimentos acima listados são recomendados nos procedimento de emergência, urgência, e como tratamento definitivo com a finalidade de controle de dor, controle de infecção, facilitação do controle do biofilme dental pelo profissional, paciente ou cuidador quando: A saúde geral do paciente assim o permitir, bem como o estado emocional ser favorável para a execução do procedimento cirúrgico e sua manutenção posterior.


Projeto "Utilização de implantes ósseointegrados de corpo único para próteses totais removíveis em idosos"


Título: “Utilização de implantes ósseointegrados de corpo único para próteses totais removíveis em idosos”.

Projeto vinculado a Unidade de Atenção Odontológica ao Paciente Geriátrico
Aprovado pelo Corpo Deliberativo do Departamento em 29/08/2001
Aprovado pela Congregação em 10/10/2001


Coordenador:

MS. José Augusto Ramos da Silveira

Colaboradores:

Dr. Nélio Victor de Oliveira
Drª. Vilma Azevedo da Silva Pereira
Drª. Maria José Santos de Alencar
CD. Luíz Carlos Mota
Dr. Paulo Ségio Zaidan Maluf - Fundação Serson


Unidade:

Faculdade de Odontologia da UFRJ
Departamento de Prótese e Materiais Dentários
Unidade de Atenção Odontológica ao Paciente Geriátrico


Introdução

Segundo previsões do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizadas no início dos anos 90, no ano 2020 os indivíduos com mais de 65 anos deverão ser, no Brasil, cerca de 8 milhões e no ano de 2020 cerca de 17milhões e 400mil. No momento em que o Mundo atravessa um período de extrema dificuldade na gestão de seus recursos, definindo políticas para a aplicação destes nas diferentes áreas, é preciso que sejam alocadas verbas, desenvolvidas e adotadas tecnologias para atendimentos odontológicos terciários de baixo custo e tempo de execução adequado aos pacientes geriátricos.

Deve-se considerar a grande rarefação de centros de atendimento aos pacientes geriátricos em nosso País, bem como o grande número de edêntulos, que em algumas áreas atingem até 20% da população, sobretudo na faixa etária a partir de 65 anos.

Na área odontológica a situação é crítica, pois há necessidade de conjugarem local e instrumental apropriados para atendimento do paciente, com um recurso humano extremamente raro em nosso País, ou seja, o odontólogo com formação especializada para o atendimento a este grupo de pacientes.

A Unidade de Atendimento Odontológico ao Paciente Geriátrico da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro é um dos Centros de Estudos e Referência, junto com a Geriatria do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, que realiza intervenções odontológicas terciárias nos pacientes idosos em clínica especializada e em hospital.

Idéias / Associados


Idéia Eco-saúde 2 – Saúde e laranjas: Indignação de um Profissional da Saúde e, sobretudo, Cidadão

Fazendo uma analogia natural, comparo o nosso sistema de saúde com duas laranjas apodrecidas. A primeira das laranjas pertence ao sistema de saúde pública, o qual já está falido e completamente apodrecido faz muito tempo.

A segunda, fazendo novamente a analogia com essa saborosa fruta cítrica, corresponde a nosso sistema privado de saúde. Dessa vez, vamos dividi-la em duas bandas, ambas também podres.

A primeira banda consiste nos planos de saúde, completamente insensíveis quanto à realidade financeira de ambos, profissionais e usuários, tendo como objetivo o máximo lucro, utilizando-se do máximo de propaganda (muitas vezes enganosa) e o mínimo de sensibilidade social.

A segunda banda da laranja é constituída pelos profissionais da área de saúde que em diversas situações escorregam eticamente, executando procedimentos geralmente desnecessários, facilitando o uso e o abuso de exames laboratoriais, de imagens e outros. Esses escorregões, que inicialmente o profissional fazia na tentativa de equilibrar o seu orçamento doméstico, aos poucos se tornam um hábito e, de um ato de pura sobrevivência, transformam-se em uma estratégia altamente lucrativa.

O resultado dessa triste realidade é a existência de um sistema de saúde privado, caro, ineficiente e mesma fatal em muitos casos para os usuários.

Agravando a situação ainda mais, esperamos longos períodos para sermos atendidos nas clínicas especializadas para realizar os exames realmente importantes a nossa saúde.

Esperamos semanas ou meses, mas, para o nosso conforto, sentados em poltronas em nossas casas quando fazemos parte da previdência privada. Quando não temos esse relativo privilégio, como usuários da rede pública de saúde, esperamos pacientemente e às vezes extremamente revoltados e cansados nas filas intermináveis na frente dos hospitais do Governo.

Temos de nos conscientizar, refletindo criticamente, e passarmos para ações que possam modificar (e rapidamente) essa situação calamitosa das duas laranjas apodrecidas.

José Augusto Silveira, Dentista, Prof. Universitário e Pres. PV/Cidade do Rio de Janeiro

28/10/2011


Idéia Eco-saúde 1 – O significado do presente, do passado e do futuro para o planejamento de tratamento do idoso

Apesar da tendência atual de vivermos intensamente e de uma maneira única o tempo presente, a fim de que possamos fazer um planejamento adequado em odontogeriatria ou qualquer outra especialidade da área de saúde, o passado e o futuro têm importância vital para que o tratamento seja eficiente e sustentável, e resulte em conforto e saúde biopsíquico-social em seu mais amplo significado.

O conhecimento do passado de nosso paciente vai nos indicar seu perfil psicológico, logo sua capacidade de adaptação a fatores externos tais como qualquer tipo de prótese; já suas características somáticas indicarão o seu perfil imunológico, humoral (hormônios) e outros. O futuro terá de ser imaginado como a evolução das características existentes no passado e atualizado no presente para que possamos atuar dentro do conceito de um processo (dinâmico e evolutivo).

Enfim, acredito que a percepção dos três momentos de tempo, vistos de uma maneira integrada, é essencial no planejamento adequado do tratamento de nossos pacientes com história de vida longa, ou seja, os que hoje consideramos como de terceira ou quarta idade.

José Augusto Silveira - 03/10/11

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Bibliografia recomendada

UAOPG - UFRJ recomenda:


Bases Clínicas em Odontogeriatria

Autor: Maria Cecília Ciaccio Vendola e Augusto Roque Neto
Editora: Livraria Santos Editora Ltda.
Ano: 2009
Número de páginas: 442

Com a colaboração de inúmeros trabalhos de especialistas, o livro abrange desde a involução do aparelho mastigatório, os transtornos psíquicos do paciente idoso, a Periodontia e a Cirurgia Bucomaxilofacial do idoso, as implicações legais no atendimento em geriatria, e ainda a demora nos tratamentos complementares, a Hipnose e a Homeopatia, além de considerações clínicas sobre Endodontia, Dentística, Implantodontia e Prótese.

Sumário
Cap. 2 - Anatomia no Processo de Envelhecimento
Cap. 3 - Diagnóstico Bucal
Cap. 4 - Envelhecimento e Farmacologia Clínica
Cap. 5 - Exames Complementares-Parte A-Aspectos Radiográficos de Interesse em Odontogeriatria - Parte B-Exames Laboratoriais em Odontogeriatria
Cap. 6 - Doenças Crônicas e Sistêmicas do Envelhecimento - Repercussões Bucais
Cap. 7 - Transtornos Psíquicos no Paciente Idoso
Cap. 8 - Considerações Clínicas - Parte A-A Periodontia e o Paciente Odontogeriátrico - Parte B-Cirurgia Bucomaxilofacial no Idoso - Parte C-Endodontia - Parte D-A Dentisitica Restauradora e a Odontogeriatria - Parte E-Implantodontia - Parte F-Anamnese e a Prótese
Cap. 9 - Implicações Legais no Atendimento em Odontogeriatria
Cap. 10 - Tratamentos Complementares - Parte A - Hipnose - Breve Histórico - Parte B - Homeopatia
Cap. 11-Considerações Finais



Tratado de Geriatria e Gerontologia

Anita Ligeralesso Neri
Editora: Guanabara Koogan - 2ª Ed.

Nesta nova edição, mantendo a seletividade na congregação de autores com atuação de destaque no País, os organizadores vêm oferecer uma publicação renovada, atual e abrangente, aprofundando temas que, no seu conjunto, se mostram capazes de orientar o profissional no estudo, na pesquisa e no atendimento ao idoso.

Evidentemente, não há pretensões de esgotamento do assunto, mas, sim, de recriação de uma obra que, em sua primeira edição, alcançou o mérito de projetar-se como fonte de referência e consulta em todo o País. Cumpre registrar que o percurso de toda a produção deste livro, na área de Gerontologia, desde a concepção da idéia da obra, da Dra. Elizabete Viana de Freitas, é definido pelo trabalho de inserção e organização que a Dra. Anita Liberalesso Neri imprimiu à obra, assegurando um diferencial altamente oportuno à coerência do caráter multidimensional do estudo do envelhecimento. Nesta segunda edição, sua ausência, jamais compensada, atenua-se, entretanto, pela marcação de presença sentida na estruturação e distribuição dos temas gerontológicos. E avulta-se, em especial, na riqueza dos textos que assina, elevando a participação da Gerontologia a um patamar de cientificidade que se oferece ao estudo, à investigação e à prática de todos os profissionais, seja qual for a sua inserção disciplinar.